domingo, 19 de junho de 2011

Quando o Amor Espera - JOHANNA LINDSEY



Romance Histórico


Resenha




     Uma linda e complicada história de amor. Cercada de orgulho, inveja, desejo, paixão... Ler os livros de JOHANNA LINDSEY, é sempre muito gostoso. Seus livros nos encantam com o tamanho da paixão que envolve as histórias.
     Depois de perder a mãe muito cedo, a jovem e feia Leonie de Montwyn é afastada do pai. Ela cresceu achando que seu pai a desprezava e por isso a enviou para outra fortaleza aos cuidados do carinhoso e cuidadoso Sir Guibert Fitzalan, que praticamente adotou a menina e a criou cercada de proteção e cuidados.Leonie passou a ser senhora da sua fortaleza e a governar com muita atenção, dando ao seu povo todo carinho e atenção de que precisavam. Ela cresceu livre e dona do próprio nariz.
 E se tornou uma belíssima mulher, com um único intuito, o de não se casar nunca. Entretanto, ela descobre da noite par o dia, que foi destinada como esposa a um homem considerado violento e cruel. Desesperada e completamente só, ela é forçada a se casar com o Lobo Negro, seu vizinho e no momento o seu maior problema.
     Rolfe d'Ambert, o Lobo Negro, não teve outra alternativa, a não ser se casar com a jovem Leonie, sua vizinha, para que pudesse se apossar de suas terras, sem violência e acabar com as invasões constantes que eram feitas as suas terras pelos habitantes da fortaleza de Leonie. Achando que sua futura esposa seria uma mulher feia e sem graça, ficou boquiaberto e completamente apaixonado ao descobrir como ela era linda e formosa, e principalmente apaixonada na cama.
     Eles tiveram que superar muitos obstáculos para viverem esse amor, mas o maior de todos foi o de aprender a confiar um no outro.
     Eu adorei esse livro. Recomendo...


Texto


     [...]
     Certo dia, quente demais para a estação, ela ficou junto ao parapeito vendo o marido se acercar da fortaleza. Quatro de seus cavaleiros cavalgaram diretamente às suas costas. Porém, jamis além, ela enxergou algo que a deixou petrificada.
     __ Santa Maria, ele trouxe o exército inteiro!
     Parecia haver mil homens adiantando-se para Pershwick. O exército parou fora do raio de alcance das armas de Pershwick. Será que isso significava que Rolfe estava realmente esperando uma batalha?
     __ Eu lhe avisei, minha senhora __ relembrou seu amigo e vassalo, melancolicamente.
     Leonie desviou o olhar  a visão apavorante lá embaixo e não tentou ocultar o seu medo de Sir Guibert.
     __ Vou mandar abrir o porão __ declarou.
     __ Não __ retrucou, e o rosto dele virou a imagem do desalento.
     __ Divina misericórdia, Leonie, o que você está pensando? Não se trata mais de um capricho de mulher. O seu senhor fala sério!
     __ Já lhe disse que ele não vai nos atacar __ insistiu __ Trouxe o exército apenas para me assustar.
     __ Você arriscaria todas as nossas vidas nessa suposição? __ exclamou ele.    
     __ Guibert, por favor __ suplicou Leonie. __ A minha vida inteira vai ser decidida aqui. Me deixe ao menos ouvir o que ele tem a dizer. Se me entregar a ele, sem ao menos fazer isso, ele jamais vai acreditar que precisa levar os meus sentimentos em consideração.
     Guibert olhou de novo para aqueles homens. Um homem não determina que um exército de mercenário o siga, a não ser que pretenda fazer uso dele. Ela se iludia. O Lobo Negro estava preparado para atacar.
     __ Você mesma vai falar com ele? __ indagou, e quando ela respondeu que sim, ele emendou rapidamente: __ Não vai provocá-lo?
     Leonie balançou a cabeça.
     __ Vou tomar cuidado, mas ele precisa saber que estou firme. De que outra maneira podemos chegar a um acordo? Mas juro que, se as coisas não correrem bem, eu me renderei.
     __ Muito bem __ suspirou Guibert pesadamente. __ Mas lembre-se do orgulho masculino, minha senhora, e não o pressione demais. O orgulho pode fazer com que, em nome da honra, um homem faça coisa que não quer realmente fazer.
     Rolfe e seus cavaleiros tinham chegado à casa do porteiro e parado. Rolfe correu os olhos lentamente  pelos muros guarnecidos de cada lado da casa da guarda, as armas apontadas para ele, o portão fechado. A tensão dominava o ar.
     Rolfe pediu para entrar e foi recusado. Leonie prendeu a respiração, esperando sua reação. Até onde, na verdade, Rolfe iria em nome da honra?
     __ A senhora minha esposa está ai dentro?
     __ Estou aqui, meu senhor __ respondeu Leoni lá do alto.
     __ Debruce-se. Não consigo vê-la, madame __ gritou.
     Ela se debruçou. Podia vê-lo inteiramente. estava de armadura completa e como não tinha retirado o elmo, os olhos estavam escondidos.
     Rolfe andou com o corcel até ele e o cavalo ficarem diretamente abaixo dela.
     __ Aprontou Pershwick para a guerra?
     __ As fortalezas devem estar sempre em estado de prontidão __ declarou ela, evasivamente. __ Eu também lhe perguntaria por que trouxe o seu exército para cá.
     __ Ora, para agradá-la, é claro __ ironizou. __ Não é guerra o que deseja?
     Leonie soltou uma exclamação abafada.
     __ Tomo precauções, meu senhor, nada mais.
     Ele trovejou, ferozmente:
     __ Contra mim!
     __ Sim!
     __ Por que, Leonie?
     A resposta era embaraçosa demais para ser gritada em público, mas tinha que gritar.
     __ Meu senhor, não morarei mais em Crewel com a sua... com Lady Amelia residindo ali.
     __ Não estou escutando, Leonie.
     Ela o escutara  com toda a clareza. Será que pretendia envergonhá-la?
     Leonie se preparou e debruçou-se ainda mais no parapeito.
     __ Eu disse que não morarei mais em Crewel com Amélia também lá!
     __ É disso que se trata?
     Ele parecia totalmente incrédulo.
     __ É.
     E, então, aconteceu o inconcebível. Rolfe começou a rir. Tirou o elmo e o riso ficou cada vez mais forte. Receou sobre os muros na fortaleza silenciosa.
     __ O seu humor é inoportuno, meu senhor. __ O seu tom de voz era amargo. __ Estou falado sério.
     Fez-se um momento de silêncio e, com aspereza, ele sentenciou:
     __ Chega, Leonie. Mande abrir o portão.
     __ Não.
     A fisionomia dele era turbulenta e sombria.
     __ Não? Já me ouviu dizer que ninguém me afasta de minha esposa. Isso a inclui, esposa.
     __ Também disse que mataria qualquer um que tentasse. Isso me inclui, meu senhor?
     __ Não, Leonie, é claro, mas se me forçar a invadir esses muros, duvido que sobrem muitos com vida para reconstruir Pershwick. Quer o seu povo morto?
     Ela soltou uma exclamação abafada.
     __ Você não faria isso!
     Rolfe se virou para os seus cavaleiros.
     __ Sir Piers, mande tocar fogo na aldeia! __ gritou.
     __ Rolfe, não! __ gritou, Leonie.
     Rolfe se virou para Leonie, à espera.
     __ O senhor... pode entrar, meu senhor... sozinho. E apenas para conversar. Concorda?
     __ Mande abrir o portão __ pediu ele, friamente.
     A feições de Leonie revelavam a sua derrota. Rolfe pagara para ver. A sua vantagem estava perdida e ambos o sabiam. Ele sabia que estava a salvo dentro da fortaleza, pois dispunha de um exército do lado de fora.
     __ Faça o que ele diz, Sir Guibert __ disse Leonie, brandamente. __ Eu o esperarei no salão.
     __ Não se incomode tanto, Leonie __ acalmou-a. gentilmente. __ Talvez ele lhe dê o que quer, agora que sabe o quanto é importante pra você.
     Ela assentiu, com tristeza, e se retirou.
     Guibert ficou nervoso vendo-a se afastar. Não suportava vê-la tão arrasada. Não aprovava o que fizera, mas seus motivos eram compreensíveis. Zangado, foi ao encontro de Rolfe d'Ambert.


Sinopse

     Pershwick era uma velha fortaleza, que não fora projetada nem para ser confortável nem para hóspedes. No entanto, passou a ser o lar da delicada e bela Lady Leonie desde que ela fora separada do pai por intrigas da madrasta. Embora rústica, há seis anos Leonie não saía dali nem para visitar Montwyn, sua cidade natal. Tampouco para ver o pai, que morava no castelo de Montwyn com a nova esposa, Lady Judith.
     Estamos em 1776, na Inglaterra dos senhores feudais. Leonie, isolada do mundo, resolve acabar com a solidão: aventura-se, sozinha, até Crewel para assistir uma justa. E o destino a faz conhecer o homem que irá modificar radicalmente sua vida: Rolfe d'Amber, o Lobo Negro.
     Confiante nas boas relações com o rei Henrique, Rolfe d'Ambert, mercenário de Sua Majestade, dirigi-se a Montwyn para pedir que ele interceda a seu favor: quer a mão de Leonie e as terras vizinhas à fortaleza de Pershwick. As terras são confiscadas do jovem Alain Montigney e de seu pai, e Leonie é forçada a se casar. Mas Rolfe e ela acabam se apaixonando; apenas uma infindável sucessão de mal entendidos insiste em afastá-los...

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