Romance Místico
QUANTAS VEZES VOCÊ JÁ DESEJOU TER UMA SEGUNDA CHANCE, UM NOVO JEITO DE VIVER OU ATÉ MESMO UMA NOVA VIDA?
Debora Spencer estava em crise. Uma atriz frustrada, afastada da família e dos amigos gostaria de ter uma chance de começar tudo de novo e é isso mesmo que Marcus Burns lhe oferece quando a transforma em vampiro e a leva a Burns, um clã de vampiros com suas próprias regras.
Mas uma vida eterna e cheia de perigos não era bem o que Debora desejava, pois ao se tornar um vampiro, ela percebe que perdeu também sua humanidade e tudo que a controla agora é a sede.
Sede por sangue e uma paixão tão intensa que faz com que seu corpo arda em chamas por Viktor Burns, Líder do clã, irmão e maior inimigo de Marcus.
Em que lado você ficaria?
Pois um Burns não há bem ou mal, há vários tipos de sede. Você consegue se controlar?
Você aguenta?
SEJA FORTE, SE DEIXE QUEIMAR E CONHEÇA UM MUNDO ONDE SUA NOVA VIDA PODE SER TIRADA AINDA MAIS RÁPIDO DO QUE FOI PRESENTEADA... CORRA O QUANTO PUDER, MAS O FOGO IRÁ TE ALCANÇAR, ELE SEMPRE É MAIS RÁPIDO.
"__ Sabe... Tem uma parte de mim que ainda acredita que tudo isso é um pesadelo, que eu vou acordar e ver que só tenho trabalhado demais e que filmes de vampiros não me fazem bem. __ lamentou se balançando devagar. __ Mas quem sabe esse seu pesadelo vire um sonho... __ comentou ele se aproximando dela, querendo tocá-la de outra maneira, querendo fazê-la perceber o que ele queria..."
Vampiros existem.
Vampiros que te observam.
Eles querem seu sangue.
Se deixe queimar pela sede e pelo amor...
Capítulo Um
-Você me proporcionou diversão essa noite e daqui a alguns instantes, você me proporcionará alimentação. - respondeu ele e depois deu um sorriso sedutor novamente.
-Ah! - disse ela como se entendesse, mas seu olhar ainda estava em dúvida.Ele balançou a cabeça, murmurou um palavrão e se aproximou dela.-Vamos direto ao assunto.Enquanto ela gritava histericamente, ele mordia seu pescoço.
Também não era alcoólatra, mas ser atriz não era fácil, não para ela.
-Debora...É... A cena da mordida... O que acha de ensaiarmos mais um pouco? Sabe como o Richard é perfeccionista, não?Antes de Vinicius, o vampiro, terminasse o que estava dizendo, Debora fechou as cortinas com um puxão e deu as costas para ele, deixando o bonito ator falando sozinho.-Sabe, para um cara bonito falta um bocado de confiança. - debochou ela acendendo outro cigarro.-Bom dia! - disse Rodrigo animado como sempre, invadindo e ocupando todo o espaço de seu trailer. Também estava vestido como sempre, roupas justas e coloridas para deixar a mostra seu corpo trabalhado de modelo de passarela apesar de sua idade avançada.-Bom dia? Só se for para você, meu amigo. - bufou ela jogando-se em uma enorme cadeira enquanto dava outro gole em sua cerveja.-O que o malvado do Richard fez dessa vez? - perguntou ele pacientemente, com um sorriso tranqüilizador no rosto.Ela o amava, amava mesmo. Não importando seu humor, Rodrigo sempre era paciente, parecia entendê-la e se não fizesse, fingia entender apenas para fazê-la feliz.-E ele precisa fazer algo? Só de ter me dado esse papel ridículo já o livrou de fazer alguma “maldade” contra mim durante um longo século. - reclamou ela irritada acendo outro cigarro.Sim, era viciada em nicotina. Daqui a alguns anos talvez desenvolvesse um câncer.Não se importava.-Calma... É só uma fase. Até as maiores estrelas já passaram por essa fase... Essa dos filmes ridículos. - afirmou ele enquanto pegava uma grande nécessaire com utensílios de maquiagem se aproximando de Debora.Ela o olhou e teve que rir.Que grande conselho, não?Mas esse era Rodrigo. Sempre dizendo a verdade, mesmo que doesse. Como todo amigo de verdade deveria ser. Tinha sorte de tê-lo ao seu lado nessas horas.-Mas vai passar antes que se acostume, agora vire o rosto pra mim. - pediu ele gentilmente e ela o fez.
-Acho que o lado positivo dessa historia é: jamais vou me acostumar com isso, jamais... Então quer dizer que vai demorar, certo? - brincou ela enquanto ele começava a trabalhar em sua pele.
Durante todo o processo de maquiagem, os dois conversaram sobre as frustrações de Debora nesse seu novo filme, mais um sobre vampiros, mais um que ninguém irá assistir, o único papel que ela conseguiu em meses.Bom, às vezes não se deve recamar.-Eu vi o Vinicius ali fora quando eu estava chegando. - comentou Rodrigo assim que terminou, guardando suas ferramentas na nécessaire que mais parecia uma maleta de homem de negócios. Certo que Rodrigo poderia se passar por um homem de negócios e não por um maquiador, se você não desse importância ao fato que ele não era homem e que “homens de escritório” também não estavam em sua lista de preferência.-Ele queria ensaiar... - respondeu ela irritada. Vinicius era um homem bonito, o clichê dos clichês no que se refere a um ator, mas ele era insuportável, infantil, arrogante...Bom, ela poderia continuar com essa lista por um tempo.-Não sei eram só essas suas intenções. - comentou ele erguendo as sobrancelhas comicamente.Debora revirou os olhos e acendeu outro cigarro.O sexto já? Ah! Que se dane!-Ah! Você não o acha bonito? - perguntou o amigo tentando melhorar o humor de Debora.-Bonito é... - concordou ela de má vontade, e dizendo bonito como se quisesse dizer “sujo”.-Mas? -quis saber ele percebendo que ela fazia uma careta.
-Mas parece que falta algo nele...
Franzindo o cenho ela olhou para o amigo, concentrada.-Falta algo nele? - perguntou ele como se isso fosse impossível e ela assentiu.Rodrigo engasgou de tanto rir e ela o encarou confusa.Ótimo, estavam rindo dela agora?-Ora, ora... Parece que a minha menininha está se tornando exigente... Houve uma época em que você “dava atenção” até aqueles que lhe faltavam dedos.Ela jogou alguma coisa nele.Passado era passado. Ninguém precisava lembrar disso, certo?E ela estava bêbada. Muito, muito bêbada só para constar.-O que falta nele? Bom... Eu não consigo imaginar. - comentou Rodrigo se deslumbrando com sua imaginação.-O cérebro. - respondeu ela rispidamente voltando a prestar atenção em seu cigarro.-Você tem que parar com isso, só faz mal a você. - brigou ele puxando o cigarro da boca de Debora e o jogando na pia, ligou a torneira e esperou até que o cigarro apagasse.Debora encarou o cigarro apagado como se ele fosse uma pessoa morrendo.-Exagerada... - comentou ele ao ver a expressão de tristeza dela.-Sabe, além do mais, não vou morrer tão cedo. - contestou ela quase rindo.-Não sei... Já tem pessoas que estão seguindo você. - disse ele rindo de maneira debochada.-É verdade! Tem alguém atrás de mim, não sei por que, não sei o quer, mas estou sendo seguida sim e não é minha imaginação.Debora teve que rir de sua teimosia.Parecia uma louca. E os primeiros “sintomas” da loucura não eram exatamente estes? Mania de perseguição, memória distorcida.-Ah! Pode ser um fã obcecado ou, quem sabe, algum paparazzo... - brincou Rodrigo dando gargalhadas.Com essa Debora teve que rir também, era impossível ter fãs, qualquer pessoa que gostasse um pouquinho que fosse de si, não perderia duas horas do seu tempo assistindo qualquer um de seus filmes, ou de seus comerciais que apenas passavam nas madrugadas por causa da censura.
O sinal tocou, era a hora de voltar a trabalhar.
Ela voltou para o set de filmagem e ficou horas por ali, filmando as cenas de hoje, refilmando as mesmas, trezentas vezes cada uma, ouvindo as piadinhas completamente sem graça de Vinicius, ouvindo as broncas de Richard sobre seu posicionamento ou sobre qualquer outra coisa que ele queria.Ser atriz era o sonho de Debora desde bem nova, mas ter de aturar uma equipe como esta, ter de aturar fazer um filme como este era a prova de que seu sonho havia se tornado um pesadelo há muito tempo e que ninguém havia se lembrado de acordá-lo para tirá-la dali o mais rápido possível.No seu trailer, quando estava se trocando e colocando as suas roupas de verdade, sem ser aquelas que sua personagem usava ou se esquecia de usar na maioria das cenas, Debora tinha certeza de que ter visto alguém pela janela, ou pensou ter visto.Mas era muito claro e vivo esse seu pensamento para que fosse sua imaginação, ela viu a silhueta de alguém alto, alguém vestido de preto, alguém ou algo que sumiu assim que ela o percebeu ali.Ok. Estava na hora de reavaliar o pensamento de “eu-não-estou-louca”.
-Aonde vamos mesmo? - perguntou ela virando o pescoço para olhá-lo.
-Naquele restaurante novo perto do parque, não me lembro o nome... - respondeu ele com um sorriso animado.-E por que essa animação? - perguntou ela virando o corpo inteiro para encarar o amigo. Com Rodrigo sempre tinha que desconfiar, ele sempre tinha alguma carta escondida embaixo da manga.-O Vinicius vai estar lá... Tenho certeza de que hoje vocês desistem dessa historinha estúpida de serem apenas amigos. - respondeu Rodrigo, mas antes que Debora pudesse gritar e xingá-lo, ele já tinha acelerado e ido embora.Droga! Só o que faltava agora era um “encontro” com Vinicius... Mas a vingança será maligna, jurou ela entrando em seu apartamento.
-Sim, você já devia estar aqui... Eu estou aqui embaixo... Hein, Rodrigo... Vem rápido, por favor... - disse ela ao telefone, e quando fez seu olhar se fixar novamente no outro lado da rua, a coisa que ela tinha visto não estava mais lá, mas a sensação de estar sendo observada continuava.
A noite passava lentamente, e tudo que Debora queria fazer era chegar em casa e dormir, dormir e dormir.Não bastava ter que aturar a presença perturbadora de Vinicius o dia todo no set, tinha que suportá-lo em momentos onde ela não era a Debora atriz, era apenas Debora e dar ele a oportunidade de conhecê-la, de que ele estivesse assim tão perto de sua intimidade era um grande ultraje, era algo que a irritava muito, e o que irritava ainda mais era ver que Rodrigo estava fazendo de tudo para que os dois ficassem sozinhos, dando a desculpa de ir ali e aqui toda a hora, como o bom casamenteiro que era. Ela queria matá-lo.Toda a vez que ele fingia ter que atender ao telefone, Debora o chutava com força por debaixo da mesa, ele só piscava e saia dali com aquele seu sorriso que mais parecia um soco.Pareciam adolescentes no pátio da escola. Irritante demais.Quando estava sozinha com Vinicius e ele começava se aproximar, trazendo a cadeira para mais perto ainda, ou falando bobagens em voz baixa para que Debora tivesse que se inclinar em direção a ele para entender o que ele estava falando, não que ela fizesse questão de entender, mas ela queria manter um clima pelo menos amigável com aquela criatura insuportável pelo menos até terminar as filmagens desse filme, claro que a lembrança de que a as filmagens tinham começando fazia apenas duas semanas e ainda teriam mais dois meses pela frente a fazia gritar por dentro e querer matar qualquer coisa que ela visse pela frente.Enquanto ela fingia prestar atenção no assunto de Vinicius, ela notou que tinha um homem sentado sozinho em uma mesa no outro lado do salão, no momento em que ela o olhou, ele desviou o olhar, e deu um sorriso sem graça pra si mesmo enquanto balançava a cabeça.Ela riu também, mas riu dele.
Ele era bonito, alto e de ombros largos, e tinha grandes olhos verdes e um cabelo castanho claro que brilhava de uma maneira hipnotizadora.
-Debora, você está me ouvindo? - perguntou Vinicius ao perceber que ela não estava prestando nem um pouco de atenção nele. Idiota, é claro que não.-Na verdade, não. - respondeu ela rapidamente.-Mas é que estou preocupada com Rodrigo, ele já saiu faz tanto tempo e não voltou ainda.- respondeu ela docemente ao perceber que tinha sido rude demais com Vinicius.-Ah... Você ainda não entendeu o que ele está tentando fazer a noite toda? - perguntou Vinicius de maneira sedutora inclinando a cabeça para perto do rosto de Debora.-Do que você está falando? - perguntou ela fingindo inocência.-Ah... Você sabe do que eu estou falando... - respondeu ele se aproximando ainda mais.-Olha, eu acho que eu vou procurar pelo Rodrigo... - disse ela se levantando rapidamente quase derrubando uma taça de vinho que estava em cima da mesa.O homem da outra mesa riu, ela não percebeu.Só parou de correr das tentativas de conquista de Vinicius quando já estava no estacionamento, procurando pelo carro de Rodrigo, mas estava escuro e encontrar um carro preto era quase impossível para seus olhos humanos.'Quem dera eu ser um vampiro agora'.Murmurou pra si mesma rindo de sua bobagem.E aquela sensação de estar sendo observada voltou, ela conseguia sentir novamente os olhos desse alguém misterioso que a seguia em suas costas, desenhando seu corpo lentamente e aquele arrepio voltou com tudo, a fazendo tremer.-O que você está fazendo aqui? - perguntou Rodrigo, baixando o vidro da janela de seu carro.-Ah! Você está ai, me deixa entrar. - pediu ela entrando pela porta do motorista mesmo, passando por cima de seu amigo e sentando-se no banco do passageiro.-O que aconteceu? -perguntou Rodrigo preocupado.-Tem alguém ali fora me seguindo... - disse Debora histérica tremendo levemente.
-De novo essa história, Debora? - perguntou ele revirando os olhos.
-Ah! Rodrigo, sério... Tem alguém ali fora... Me leva pra casa, vamos... - implorou ela piscando os olhos freneticamente, contendo as lágrimas.Lágrimas? Por que iria chorar? Droga... Estava mesmo enlouquecendo.-Se você não queria mais ficar lá com o Vinicius era só pedir, não precisava fazer essa cena. - disse ele abrindo a porta do carro e colocando a perna para fora.-Aonde você vai? - perguntou ela o puxando pelo braço antes que ele saísse.-Vou avisar ao Vinicius que vamos embora. - respondeu ele saindo.-Não, não precisa... Vamos. - teimou ela o puxando, fazendo com que ele batesse a cabeça tentando sair do carro.-Já chega Debora... Espera só um pouquinho, eu só vou ser educado, coisa que você se esqueceu de ser essa noite. - disse ele puxando seu braço de volta e batendo com a porta do carro.E Debora sentiu aquele par de olhos nela novamente, contornando seu rosto através do vidro escuro do carro de Rodrigo.E ela sentiu algo ao seu lado, do outro lado da janela, só que estava com medo de olhar para o lado e ver esse seu perseguidor, espiou de leve para o retrovisor ao seu lado, mas não viu nada, mas continuava a com a sensação de ter alguém do outro lado do vidro, e então se virou para olhar, mas a porta de motorista já estava aberta e tinha alguém entrando.
Debora sentiu aquele arrepio subir levemente e queimá-la enquanto subia lentamente do seu pé até a cabeça, e então se virou novamente para olhar, seu corpo tremendo e sua testa suando frio.
O vampiro revirou os olhos vermelhos.
Bom , pelo pouco que eu puder ler, acredito que o livro seja muito bom. Vou ficar aguardando a resenha no blog para poder adquirir um tb. Bjs!!!
ResponderExcluirLer é um dos meus maiores amores. Mas nem sempre dá tempo... rsrsrs Vida dobrada! Mas assim que eu terminar eu posto, pode deixar. Bjs!!!
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